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quinta-feira, 21 de março de 2013

Preconceituosos somos todos

Olá gente boa. Desculpa não ter publicado nada ultimamente, mas é que tenho andado super-mega-hiper ocupado. Prometo que estarei mais presente cá no blogue nos próximos tempos.
Tenho hoje algo meio inédito a desabafar convosco. É meio diferente daquilo sobre o qual geralmente escrevo mas, espero que não se importem. De vez em quando é bom sair um pouco da rotina.

Assisti hoje uma reportagem interessante e super informativa na TV. Ela retratava o quotidiano e as vicissitudes de diferentes imigrantes africanos residentes em determinado país europeu. A velha e bem conhecida história da emigração a procura de melhores condições de vida.

Mas ao longo da narrativa comecei a sentir uma certa inquietação e aborrecimento. O narrador teimava em tratar os protagonistas simplesmente por "Africanos", embora estes fossem oriundos de diferentes países do continente negro. Pensei comigo mesmo; really!!? Ainda é assim que eles encaram os vários países africanos? Como se fossem todos iguais, sem nenhuma diferença cultural, social ou étnica?
Que atitude mais preconceituosa! Ou talvez mesmo algo ainda mais vil, racismo!

Só que logo a seguir lembrei-me de um facto que fez apaziguar minha indignidade. lembrei-me que venho de um país (africano) em que as coisas não são muito diferentes. Um país em que Mamadou, Youssef ou Keita - é tudo Mamadou! Chinês, vietnamita ou coreano - é tudo chinês! E Congolês, Cabindense ou Retornado - é tudo Zairense!
Afinal tudo é mesmo relativo e preconceituosos... ainda somos todos!

Se puder, deixe seu ponto de vista aí em baixo e siga meu blog. Obrigado.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O novo look do Super-homem

Super-homem, o mítico e icônico super-herói de banda desenhada estará em breve de volta as salas de cinema.

O filme, que tem como título em inglês, "Man of steel" será lançado em meados de Junho de 2013 e tem O actor Henry Cavill no papel de Clark Kent/Super-homem.

Mas o que já está a gerar grande polemica entre os fãs das historias em quadrinhos são as mudanças efectuadas ao seu fato azul-vermelho.
O look é notavelmente diferente da trilogia Super-homem, da década de '80, com o malogrado Christopher Reeves.
O novo look dá um ar mais sério e moderno ao super-herói e como tudo, há quem gostou e quem detestou.

Cores
O fato continua azul e vermelho, mas a tonalidade mudou bastante. Optou-se por tons mais escuros, dando um caracter mais "dark" e sério ao personagem.

Capa
A capa também mudou bastante em cumprimento e espessura. A antiga capa chegava até pouco abaixo dos joelhos enquanto que a nova parece arrastar pelo chão.

Material
O novo fato parece ser uma espécie de látex(borracha), com uma textura acentuada e extra detalhes embutidos, enquanto que o antigo era em lycra ou tecido elástico liso.

Símbolo
O símbolo triangular, no peito do Super-homem também sofreu certas alterações. Ficou maior, ocupando todo o torso e a letra S sofreu um redesign.

Cueca e cinto
Finalmente decidiu-se acabar com aquela coisa horrorosa vermelha em forma de cueca. Já era sem tempo. O cinto também desapareceu e no lugar vê-se um conjunto de linhas vermelhas com uma espécie de fivela oval logo abaixo do umbigo.

Todas estas mudanças vão de certa forma de acordo com as mudanças que foram também verificadas em anos recentes no fato do super-herói nas revistas em quadradinhos. Mudanças que em minha opinião vieram melhorar e modernizar o look do Homem-de-aço porque, sejamos sinceros, o look anterior era bem 1960!
Eu amei tudo e estou ansioso em ver o filme. Espero que seja tão bom quanto o novo look do personagem principal.

E você, o que achou do novo look? Diga-me a sua opinião comentando na caixinha aí embaixo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Magnifica video-campanha da CHANEL para a linha de batom Rouge Allure


 All rights reserved by Jordie R Photography


















A maison Chanel sempre se distinguiu na moda por meio de sua criatividade e tendências inovadoras. Sendo sinonimo de classe e requinte, a marca notabiliza-se não apenas por seus produtos mas também por suas atraentes e interessantes campanhas publicitarias. E nao é diferente com sua ultima campanha para a linha de batom Rouge Allure.

A video campanha foi dirigida pelo norueguês Sølve Sundsbø e contem referencias ao trabalho do famoso fotografo Erwin Blumfeld. Este ultimo, fotografou mais fotos para a capa da Vogue do que qualquer outro fotografo na historia da moda. O video de pouco menos de um minuto é mais precisamente uma homenagem a famosa capa da revista da vogue de autoria de E. Blumfeld, de Janeiro de 1950. Na capa podemos ver um rosto feminino com apenas duas propriedades; lábios carregados de batom vermelho e olhos envoltos em mascara. Não deixe de assistir o video aí em baixo.




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Rabos, mamas e likes.


Facebook! Uma ferramenta incrível com a capacidade de abrir-nos a porta para um mundo maravilhoso e cheio de possibilidades. Mas certas coisas que por lá acontecem deixam-me as vezes boquiaberto, meio confuso mesmo. 
Mas aproveito para dizer que embora me considere uma pessoa bastante analítica e critica, geralmente tento dosar bem isso e não sair por aí apontando o dedo a todo e qualquer fenómeno social, com o qual não me identifique. 
Entretanto, do jeito que as coisas estão indo, esta ficando cada vez mais difícil fazer olhos de mercador à certas tendências de comportamento facebookianas.

Sim, há muitos comportamentos sócias no FB que me fazem as vezes querer desactivar definitivamente a minha conta nesta rede social, mas por falta de tempo e espaço aqui, vou-me pronunciar hoje sobre aquilo que ultimamente mais me tem surpreendido, ou seja, o uso de fotos chocantes e sexualmente provocantes para chamar a atenção.

Como diz o ditado "uma foto diz mais, do que mil palavras" e por isso são uma maneira eficaz de captar a atenção das pessoas. Mas as coisas parecem estar a perder o controle no FB.
Acho que certas fotos publicadas aí deviam vir com um aviso do tipo "Foto explicita - cuidado ao abrir". Eu sei que está ficando cada vez mais difícil chamar a atenção e se distinguir nesta sempre crescente rede social, mas C'MON!!
Acho especialmente irónico que certos perfis e páginas no FB que regularmente publicam e repassam frases, mensagens e artigos contra a queda de valores valores morais e mulheres se prostituindo para alcançar certas vantagens, são os que as vezes mais fotos publicam com cenas de violência explicita e de corpos semi-nus e sexualmente provocantes em suas timelines, apenas para chamar a atenção.

Não estou querendo aqui pregar o extremo pudor ou santidade, até porque como qualquer outro, gosto de apreciar um corpinho bem sarado num mini fato de banho de vez em quando. Mas tenho dificuldades em perceber como alguém pode publicar uma actualização com um texto do tipo "Acho pena notar que cada vez mais mulheres usam seu corpo e sexualidade pra subir na vida" e meia hora depois publicar uma foto de uma mulher de fio dental com uma descrição totalmente fora de contexto, só para atrair alguns comentários e likes!

Será que não se dão conta que ao utilizar regularmente este tipo de fotos para atingir os alvos supracitados, não estão a ser assim tão diferentes da mesma mulher que usa o corpo para angariar certos benefícios materiais!?
Acho isso quase hipocrisia e faz-me lembrar a celebre frase "pratique aquilo que prega". Um pouco de discrição e dignidade não faz mal a ninguém. Sim é verdade, sexo vende, mas de preferência ser distinguido por meio de criatividade e postagens inteligentes do que fotos de glúteos e seios expostos.

Taí... Falei!! Sei que alguns se vão sentir ofendidos e lesados mas estava precisando desabafar isso com vocês. Se a carapuça servir, sinto muito, mas terá de a vestir.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sam Lambert - Irrevogável Fashionista.


Já faz algum tempo que tomei a decisão de aceitar o meu estilo incomum de uma forma mais aberta, consciente e passar a vestir de maneira mais expressiva, sem me importar muito com o que as pessoas fossem pensar ou dizer.
Esta decisão fez-me passar a olhar para moda e estilo de uma forma totalmente diferente da que estava habituado. Passei não só a prestar mais atenção ao que visto mas também naquilo que as outras pessoas vestem e qual a mensagem que, conscientemente ou inconscientemente, deixam passar.

Com o passar do tempo, talvez por não encontrar muita gente com a mesma disposição que a minha no meu quotidiano, virei-me para o mundo virtual, a Internet, onde as possibilidades parecem ser infinitas e tudo aparenta estar a um click de distancia.
Comecei assim por seguir sites como a Esquire, GQ e plataformas como a Tumblr. Novos horizontes se abriram e foi revelador encontrar literalmente milhares de fotos, artigos e videos, mostrando e provando que cada vez mais homens, assim como eu, estavam metendo de lado a "moda" e os padrões sociais vigentes e em lugar disso adoptando um estilo mais pessoal e próprio.

Mas devo dizer que, desde bem cedo, houve um personagem que chamou logo minha atenção por sua originalidade, atitude e personalidade. Embora com um estilo bem diferente do meu, eu admirava ver a maneira tão natural, peculiar e espontânea com que ele se apresentava. Este personagem tem o nome de Sam Lambert e em minha modesta opinião, ele exemplifica o termo "Personal Style" de uma forma como poucos outros o conseguem fazer.



Portanto vocês não imaginam a minha surpresa ao descobrir algum tempo depois que ele, assim como eu, era não só Africano, mas de origem Angolana a viver na Diáspora! Na verdade não foi bem surpresa, antes entusiasmo, porque como todo mundo sabe, Angolanos têm uma inclinação inata para a moda e estética [um pouquinho de chauvinismo não faz mal a ninguém...].
Alguém certa vez me definiu SWAG como "Something We Angolans Got", e devo dizer que Sam Lambert tem Swag pra dar e vender. Por este motivo tomei a liberdade de traduzir em portugues uma de suas entrevistas para o site The sartorialist para que conheçam um pouco mais sobre este invulgar fashionista. Vou logo me desculpando pelos possíveis erros na tradução. 



O que o levou para a sua carreira de design?

Eu nunca pensei que eu iria trabalhar com moda. Tomei meu primeiro emprego como assistente de carpinteiro em Portugal. Eu estava no ramo de eletrônica e por isso decidi me mudar para a Espanha para estudar. Eu amava consertar rádios e coisas assim.

Meu pai era alfaiate, então eu tive meu primeiro terno de encomenda quando tinha a idade de 5 anos. Como outras crianças africanas, esta era uma indumentaria de domingo. Ele me pedia para enfiar uma agulha na máquina, passar-lhe uma tesoura e giz ou ou segurar o tecido, mas tudo que eu queria fazer era jogar futebol!

Como isso o levou até o design?

Eu me apaixonei por peças vintage e passei a altera-las para melhor me servirem. Comprei um livro de padrões de corte, criei algumas coleções e abri minha própria loja na Suécia chamada "Solo y Unico" (espanhol para Um e Único) que eu mantive por 5 anos. Depois fui para Savile Row (em Londres) onde aprendi todas as regras que eu vinha quebrando.
Eu sou atualmente o chefe de Design para Spencer Hart, mas além de isso, eu considero como meu projeto principal o Art Comes First, eu sou metade da equipe criativa.

Foi difícil ganhar a confiança daqueles alfaiates mais tradicionais?

Savile Row é como uma sociedade secreta, eles são muito orgulhosos de sua tradição e velha mentalidade, assim como o pessoal lá de onde eu venho. Eu tenho muito respeito pela história da alfaiataria. Leva tempo para homens tradicionais entender o que vai indo em nossas mentes jovens e perturbados. Meu antigo chefe Ozwald Boateng foi o pavão de Savile Row. Quando entrei para a marca eu adicionei cor e um toque de design incomum para os seus tecidos clássicos, o tecido era familiar para eles, o novo toque já era outra historia. Você tem que aprender primeiro as regras para que você possa depois aprender a quebrá-las.

Você coleciona alguma coisa em particular?

Câmeras fotográficas antigas. Quando viajo, passo sempre pelas feiras e fico louco querendo comprá-las. Eu tenho uma parede coberta de câmaras 35mm, Polaroid, 210 Instax e Super 8. Estudei fotografia antes de moda, eu amo o jeito estilizado que as câmeras antigas são construídas.

Que lojas você visita regularmente?

A minha favorita de sempre é a The Convenience Store no oeste de Londres. Alem disso, tenho um enorme respeito por Dover Street Market por sua inovação, Spencer Hart pela sua sofisticação ao estilo Palm Springs dos anos 1940, e A Boateng Ozwald Flagship  em 30 de Savile Row, onde eu posso encontrar as figuras mais encantadoras.

Qual sua mais recente reveladora experiência de viagem?

Em passado Novembro eu fui a Semana de Moda Africana para servir de estilista da capa da GQ África. Eu não ia de volta a casa faziam uns 20 anos, então foi muito divertido. Acho Soweto muito lindo.

Descobri lá a sub-cultura Smarteez, um grupo de jovens criativos: designers, alfaiates, costureiros, estilistas e fotógrafos. Eles cuidaram de mim. Me apaixonei por aquilo.

Eu acho que quando eu decidir me casar, vou levar minha esposa lá para o nosso casamento; É um lugar espiritual, bem vivo.

Como você aborda vestir todos os dias?

Eu tenho que acordar cedo para ir para o estúdio de design, e tendo a sempre ir para a cama tarde, porque eu sou uma pessoa nocturna. Por isso, preparo minhas roupas na noite anterior, iniciando sempre com os meus sapatos e meu chapéu.

Você se veste de forma diferente ao viajar?

Estar devidamente vestido com uma camisa branca e gravata preta é uma obrigação para mim quando viajo, se eu ter uma aparência de executivo, os agentes de emigração e fronteiras dificilmente me incomodam. Nunca uso roupas casuais, ou me sinto como parte dos corredores africanos de maratonas.

É se sente melhor quando veste...

Meu primeiro fato feito à medida, um terno cinza-escuro Super 130 SB2  feito na nossa fábrica em Portugal. Cabe-me tão bem, clássico, não muito berrante, não muito da moda apenas super elegante e actual. É o que eu imagino Miles Davis vestindo em 1965, quando ele costumava tocar com Wayne Shorter.

Peculiaridades de seu estilo pessoal?

Eu uso sempre um chapéu com toda e qualquer vestimenta, e eu uso barba e bigode faz muito tempo; quando eu tinha meu próprio negócio, eu não fazia a barba até terminar a colecção em que eu estava trabalhando. Isso dava-me foco enquanto trabalhava. Ultimamente eu tenho usando gravatas clube vintage, eu acho-as ao mesmo tempo elegantes e dignificantes.

O conselho mais memorável que seus pais lhe deram...?

Toda vez que vou visitá-los na Bélgica têm mais conselhos, mas a frase que eu sempre tenho em mente é a de "sempre ser honesto e trabalhar duro, no final você vai conseguir o que você merece".

Posse de maior valor?

Antigas fotografias de família. Eu sou um cigano negro; eu saí de casa muito jovem para imigrar, mas trouxe estes fotos comigo em todos lugares por onde passei. Essas fotos me fazem sentir feliz e em casa onde quer que eu esteja, meus irmãos, meus tios muito gentis, minha mãe muito bonita, com seu sorriso maravilhoso.

O que você considera ser o seu primeiro de compra 'de adulto'?

Eu comprei uma pulseira de prata mexicana por £ 100, quando me mudei para Londres em 1996, e não altura não tinha muito dinheiro. Eu queria usar algo de valor que de certa forma traduzisse-se no seguinte: "Eu sou um homem adulto agora." Meu estilo evoluiu, mas a pulseira permaneceu, até que eu a perdi em Florença. Meu melhor amigo e eu decidimos ir para o México e fazer uma coleção de prata em homenagem a minha primeira compra adulta.

Você tenta economizar com...?

Tarifa de transporte público. Eu ando muito de bicicleta, o que me mantém em forma enquanto economizo dinheiro e gero menos poluição, especialmente em Londres.

Deriva energia de que tipo de musica?

Eu sempre fui um grande fã de jazz e blues (particularmente Robert Johnson e Otis Spann), mas recentemente o meu cérebro se dividiu em duas: metade é calmo e clássico com música Cab Calloway, e o outro é rápido com a música Kuduro. Kuduro originou-se no meu país (Angola), jovens por todo o lado o estão tornando mais alternativo-Buraka Som Sistema, por exemplo.

Atualmente lendo?

Doze bar blues por Patrick Neate que é cheio de histórias africanas inspiradoras. Também "Las Confesiones de un Pequeno Filosofo", de José Maria Martinez Cachero, que é uma autobiografia muito bem escrita.

Os estilos de quem o influenciaram?

Meus irmãos. Meu irmão costumava usar jaquetas de couro vintage da marca Members Only com Plimsolls e óculos Wayfarers. Uma de minhas irmãs costumava usar camisas brancas super largas com boinas pretas, enquanto a outra usava vestidos jeans pré-lavados com cabelo pintados. Eu sempre achei eles super na moda.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Vintage Prints

Umas das grandes tendências de momento, e que tenho seguido com bastante entusiasmo, são as roupas em tecidos estampados. Sou um verdadeiro fã! Para mim quanto maiores as gravuras, mais coloridos e mais nobres os tecidos melhor. Em combinação com calças de ganga e mocassins é um verdadeiro arraso.

Para pessoas negras como eu, acredito ficar especialmente bem aquelas com a vibe afro e em tons térreos.
Na foto embaixo acho a estampa da camisa em fundo azul perfeita e as calças esfoladas e os óculos escuros ao estilo "Wayfarer" vieram adicionar aquele efeito todo "Vintage" tornando o "look" ainda mais interessante e refinado.
Pena as mangas terem ficado tão curtas nele. No lugar dele, teria arregaçado as mangas e caprichado nos acessórios, como relógio e pulseiras.

O que você acha desta tendência? Tem experimentado usar? O que achou do look na foto? Deixe aí o seu comentário.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Angolan Retro Swagg

E aí minha gente! Como está a correr a semana? A minha esta a ser uma correria desenfreada, daí a razão de não ter publicado nada a já algum tempo. E que tal, sentiram a minha falta? Sim!? Que simpáticos!
Ontem de noite, para relaxar um bocadinho decidi assistir um filme que me havia sido recomendado por um amigo a alguns dias atras.
O titulo do filme é "Na cidade vazia" de Maria João Ganga. Ele retrata a vida e adversidades de um jovem rapaz que perde os pais durante a guerra civil em Angola e refugia-se em na capital, Luanda a procura de segurança.
O filme foi claramente produzido com um budget reduzido e isso reflectiu bem na cinematografia do filme. A ele começa meio monótono, mas felizmente prende a atenção do espectador pelo carisma, sagacidade de alguns dos personagens principais, como por exemplo o Jovem Zé Nganga, a mana Jozita e o Joka.


Este ultimo a ser interpretado pelo talentoso actor Angolano Raul Rosário. Um actor que nunca desaponta e que a mim faz lembrar o Denzel Washington quando mais jovem, pela sua forma carismática e característica de viver os personagens que interpreta no cinema e televisão.
Achei o sua o seu papel extremamente interessante, visto que pra mim é a epítome do homem Luandense da década de 80. Lutador, forte, galante, amante da vida, vaidoso e orgulhoso de si.




Eram estas as qualidades que eu via nos homens ao meu redor enquanto crescia. Os meus "Rol models" esbanjavam "Swagg"- o verdadeiro tipo de swagg. Não do tipo forçado, plástico e artificial que muito se vê hoje por aí. O tipo de homem que nós miúdos desejávamos ser quando crescêssemos. E tem graça que isto é bem retratado no filme quando num dos diálogos o N'dala diz ao Joka, "quando crescer quero ser assim tão forte como tu". Eu acho que o que ele na verdade quis dizer é, "quando crescer, quero ter o teu Swagg".


Se ainda não teve a oportunidade de assistir o filme recomendo a fazê-lo no link abaixo e deixe-me saber o que achou dele e especialmente da performance do meu "granda avilo", Raul Rosário. Peace!